Flavio Serafini

Covid: Niterói termina abril com recorde de mortos

Niterói terminou abril batendo o recorde de mortes de covid em um único mês desde o início da pandemia. Ultrapassamos a marca de mil óbitos e chegamos a registrar 9 mortes dia 24/04, o maior número de óbitos em 24 horas. Os dados atualizados apontam para uma média móvel de 6,42 vítimas fatais no dia 27/04. São números preocupantes para um município de pouco mais de 500 mil habitantes.

As elevadas taxas de óbitos e casos e o descontrole na pandemia no país não têm gerado impacto na maioria dos governos na implementação de políticas públicas capazes de minimizar a crise sanitária. O país chegou a 400 mil mortes por covid e assistimos uma sistemática naturalização, como se isso não representasse vidas e histórias de milhares de pessoas.

Além do atraso no auxílio emergencial federal, a população pobre de Niterói também sofreu com o descumprimento da ADPF 365, que restringe operações policiais em comunidades do RJ durante a pandemia. Os moradores dos Morros do Cavalão e do Palácio viveram o terror com incursões policiais na última semana que expuseram ao risco a vida de moradores em meio a tiroteios. Não pode ser normal que as favelas convivam em precárias condições sociais, expostas ao contágio e à violência!

Outra situação lamentável é o fato do município de Niterói não ter priorizado pessoas com deficiência para vacinação. Enviamos à prefeitura um ofício questionando porquê deixá-las de fora do grupo prioritário, sendo este um direito garantido no Plano Nacional de Vacinação. Caso não haja revisão da medida, acionaremos a justiça! O novo normal precisa incluir a sociedade imunizada, com comida na mesa e direito à vida.

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