A crise climática já afeta o nosso dia a dia: chuvas mais intensas e frequentes provocando alagamentos, enchentes e deslizamentos; ondas de calor provocando desmaios, doenças respiratórias e cardiovasculares. E o que vivemos é apenas o início de uma era de extremos em que a vida estará sob risco e as desigualdades serão aprofundadas.
Foi no Estado do Rio a tragédia socioambiental com o maior número de mortos do país, na Região Serrana em janeiro de 2011. Vimos enchentes e deslizamentos nas chuvas recentes de dezembro e desse mês de janeiro provocando mortes, pessoas feridas e desalojadas. Nossas cidades não estão adaptadas para lidar com os impactos das mudanças no clima e os planos de adaptação não são respeitados, além da ausência de políticas públicas consequentes de moradia e saneamento, por exemplo, dirigidas à população que vive nas áreas mais expostas aos impactos dos eventos climáticos.
Sabemos quem são os corpos que tombam diante desses eventos extremos: são os corpos pretos, pobres e periféricos: a crise climática é uma potencializadora das outras crises.
Ao mesmo tempo somos o estado responsável pela produção de boa parte do petróleo brasileiro, contribuindo para alimentar a cadeia dos combustíveis fósseis. Enquanto a riqueza do petróleo vai para as empresas, para os territórios ficam as “externalidades” que são destruição, doenças e mortes.
Como se isso já não bastasse, há projetos de instalação de dezenas de termelétricas pelo estado, fazendo com o que o Rio de Janeiro se dedique à produção de energia típica do século passado enquanto poderia ser referência nacional e internacional na transição energética justa.
Diante desse cenário a Frente Parlamentar por Justiça Climática irá se debruçar para:
I – Cobrar a redução das emissões de GEE do estado
II – Reivindicar a adaptação das infraestruturas para os impactos das mudanças climáticas;
III – Fortalecer o aparato de gestão de riscos e desastres;
IV – Conscientizar a população das suas causas, consequências e soluções;
V – Ampliar a participação popular nos debates climáticos;
VI – Acompanhar a proposição e execução orçamentária para mudanças climáticas, meio ambiente, redução de riscos e desastres